O meio ambiente refere-se ao conjunto de fatores físicos, biológicos e químicos que cerca os seres vivos, influenciando-os e sendo influenciado por eles. Pode ser entendido também como o conjunto de condições que permitem abrigar e reger a vida em todas as suas formas – os ecossistemas que existem na Terra.
Preservar o meio ambiente é fundamental para manter a saúde do planeta e de todos os seres vivos que moram nele. Para celebrar o esforço em proteger os recursos naturais. A ecologia é a ciência que estuda as relações entre os seres vivos e os meios onde vivem.
É notório que o Brasil possui uma das maiores riquezas no quesito ambiental que é a maior parte da Floresta Amazônica. Esse cartão postal do país cobre boa parte do noroeste do Brasil e se estende até a Colômbia, o Peru e outros países da América do Sul, é a maior floresta tropical do mundo, famosa por sua biodiversidade. Ela é atravessada por milhares de rios, entre eles o grandioso rio Amazonas.
Nos últimos meses, o debate público acerca das questões ambientais voltou à tona. Devido a queimadas em vários pontos do mundo e principalmente no Brasil (Região Amazônica e Pantanal), a mídia focou nesse aspecto que é um problema gradual e antigo: a questão ambiental.
As questões relacionadas ao meio ambiente são tão complexas que é preferível ignorar e simplificar o assunto olhando para um só aspecto ou ponto isolado. Quando se fala em meio ambiente, é necessário refletir sobre aspectos econômicos, culturais, sociais e estilos de vida no mundo moderno.
As queimadas são eventos que ocorrem praticamente todo ano em períodos dispersos. São ocasionadas pela seca, calor excessivo, ação humana e outros motivos que envolvem desde fenômenos naturais a condutas criminosas. A gravidade é evidente, mas a hipocrisia tem imperado nas discussões inerentes a temática. Isso seria culpa e descaso dos governantes de países como Brasil, Austrália, Estados Unidos, Portugal, etc?
Já estamos enjoados de eventos, protocolos, conferências e reuniões sobre meio ambiente. Isso é uma maneira fajuta de os países mostrarem que estão de alguma forma querendo minimizar os danos? As metas são postas na mesa e depois esquecidas.
Acredito que o Estado tem sua parcela de culpa ao longo das décadas em fiscalizar pouco ou mesmo fazer “vista grossa” em certos momentos no que diz respeito ao meio ambiente, exploração, desmatamento e similares. Mas e a população? Qual a responsabilidade nossa em toda essa baderna? Precisa aparecer na TV e pulverizar em redes sociais para despertarmos sobre a realidade cruel?
A preservação do ambiente envolve muitos aspectos, tais como: reciclagem, cuidados com o solo, uso racional da água, poluição do ar, rios e mananciais, saneamento básico e consumo inconsciente. Será que somente as queimadas são notáveis e o maior problema atual? Ou isso seria a ponta do iceberg?
Nesta era de hipocrisia surge um novo problema: a máfia verde. Esse grupo mafioso pode ser notado em parte da mídia, redes sociais, ONGs e instituições distintas que obtêm alguma estima ou lucro nesse universo. Multidões se dizem preocupadas em perfis redes sociais com o meio ambiente, mas não conseguem cuidar do próprio quintal onde residem. ONGs que “mamam” no poder público e não entregam resultados. Jornalistas que fazem matérias exorbitantes, mas não executam o que escrevem sobre o assunto. Tratar a questão ambiental com Hashtags e modinhas não vai ajudar em nada.
Os exemplos citados anteriormente são só para ilustrar o pensamento. Claro que há ONGs ambientais sérias, jornalistas competentes, ambientalistas fantásticos e instituições respeitosas e de credibilidade que realmente lutam pela conscientização e defesa do meio ambiente em suas diversas dimensões.
Infelizmente há dois grupos polarizados na atualidade: os que acham que a natureza é algo intocável e os que “estão pouco se lixando” com tudo. Esse é o X da questão: precisamos de um meio termo racional. Nem tanto ao céu nem tanto ao inferno.
Abaixo destaco algumas questões preocupantes:
– O Saneamento Básico no Brasil está atrasadíssimo em relação a países desenvolvidos;
– O percentual de reciclagem é pífio;
– A mídia (principalmente canais de TV) dá enfoque violento como se o mundo estivesse acabando em fogo;
– A frota de veículos (altamente poluidores) cresceu assustadoramente nos últimos anos;
– As infraestrutura das cidades não oferecem opções alternativas e segurança no transporte (ciclovias, etc);
– A população frequenta praças, lanchonetes, cinemas, praias e outros locais de lazer e joga o lixo no chão;
– O lixo tecnológico aumenta cada dia mais e não há políticas públicas para o descarte correto;
– Os oceanos estão repletos de embalagens plásticas que prejudicam a vida marinha. Esse material não chega sozinho lá…então quem são os animais racionais que fazem isso?
– O brasileiro infelizmente tem uma cultura de relaxo e descaso com questões importantes
– Um ponto de equilíbrio talvez seria a economia sustentável (assunto cabível e pouco debatido)
Economia sustentável
É um conjunto de práticas e teorias econômicas que se baseiam no uso inteligente dos recursos naturais, de forma a satisfazer as necessidades atuais enquanto garante recursos para as futuras gerações.
O crescimento econômico e social é necessário, mas precisamos nos desenvolver de forma sustentável, aliando o crescimento com a preservação ambiental, tendo a preocupação com as bases vitais de produção (os recursos naturais) de atender as necessidades do presente sem comprometer as gerações vindouras.
Percebe-se assim que o debate é muito amplo e sério. Acredito que o envolvimento maciço das Universidades, Igrejas, Sindicatos, Veículos de Mídia, Conselhos Profissionais e o Poder Público unindo forças para a conscientização, aplicação de políticas públicas viáveis é a chave para a mudança gradativa de cultura nacional nesse assunto.
O descaso com o meio ambiente pode e vai custar caro para a geração atual e as futuras (se existir futuro). Pense nisso!
Referências
- https://www.boavontade.com
- https://brasil.un.org
- https://gooutside.com.br
- https://g1.globo.com